quinta-feira, 18 de março de 2021

A resposta está soprando ao vento

O dia era 17 de março de 2021. Enquanto eu me preparava para dormir depois de uma quarta-feira normal, minha cabeça só conseguia pensar nas coisas que estavam acontecendo a 10 mil quilômetros daqui, lá no meu país, na minha terra que eu amo e sinto falta. Alguns sites de notícias dizem que 2736 pessoas perderam a vida nesse dia, outros dizem que foram 2648. Acho que não estão conseguindo mais contar. E me pergunto: onde foi que erramos? O que fizemos para deixar isso acontecer? Será que era inevitável? Será que isso é mesmmo um fato da vida e devemos apenas aceitar? Por que o meu Brasil está sendo tão castigado por essa doença? Me parece que cada país está sendo afetado de forma diferente. Às vezes parece que cada estado e cada cidade está sendo afetada de forma diferente. Isso me faz pensar que as decisões que tomamos e as coisas que fazemos para lidar com o problema podem ter diferentes consequências.


Fico pensando nos pais, filhos, irmãos, que nunca mais vão ouvir a voz dessas mais de 2700 pessoas. Gostaria de poder confortá-las. O que me conforta é que eu sei que para cada passo atrás, daremos dois à frente. Acredito no progresso. Acredito que seremos melhores um dia. Como dizia o poeta, aqui em tradução livre:


"Quantas orelhas um homem precisará ter para que ele consiga ouvir as pessoas chorarem?

E quantas mortes serão necessárias até que ele saiba que pessoas demais morreram?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento

A resposta está soprando ao vento"

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