I Am Legend

Boa noite, amigos! :)

Como está o feriado de vocês? Espero que tudo bem! Bom, hoje vim falar do filme I Am Legend (Eu Sou A Lenda, no Brasil), filme que assisti hoje.

Pra começar, o filme é baseado no livro de ficção científica de mesmo nome, de Richard Matheson, publicado em 1954. Porém, a única coisa do filme que é baseada no livro é o fato de se tratar de um mundo futuro, exterminado por uma praga, no qual só sobrou aparentemente um ser humano são. O lugar em que se passa a história, as descrições do personagem, os acontecimentos, os vilões, a natureza da praga, o ano em que se passa a história, tudo isso é bem diferente. Mas é intencionalmente diferente. Eles pegaram a base do livro, o nome do livro, a moral do livro e adaptaram ao cinema. Não só ao cinema, na verdade; adaptaram principalmente ao nosso mundo atual.

A história original se passa em Los Angeles, entre 1976 e 1979, num mundo pós-apocalíptico. O mundo agora está repleto de algo similar a vampiros, mortos-vivos que bebem sangue, morrem queimados à luz do sol, etc. Todos eles foram infectados por uma praga bacteriana que os transformou nessas condições. O aparentemente único ser humano sobrevivente e são, Robert Neville, transformou-se num matador de vampiros, enquanto pesquisa as naturezas da praga para encontrar uma cura.

Por fim, ele acaba sendo atacado por um grupo de vampiros, que o pegam ser executado em público por ter matado muitos vampiros. Mas antes de ser executado ele se mata, e se torna uma lenda, porque todos os vampiros eram conhecidos por atacar os humanos, matá-los, e Robert era um humano que atormentou os vampiros, matando muitos. É um livro que é conhecido por ter popularizado o gênero zumbi e influenciado trabalhos subsequentes no assunto.

A versão de 2007 é muito diferente. E melhor de certa forma. É moda e é interessante criar uma visão realista, e vampiros tiram o realismo. Essa nova versão começa em 2009 e inicia-se com uma cientista anunciando a cura para o câncer. Ela diz que os cientistas descobriram uma forma de fazer alterações genéticas nos vírus de forma a forçá-los a agirem no nosso corpo em benefício dele, e não contra ele. Fizeram também testes e em todos funcionou. Dessa forma eles imaginam que acharam a cura pro câncer. O filme não mostra o "enquanto", mas pula para alguns dias/semanas/meses depois, com Nova York sendo evacuada e sendo colocada em quarentena para evitar a propagação do vírus para fora da cidade. E depois pula para 2012, quando aparentemente apenas uma pessoa sobreviveu.

Ele e uma cadela, que era da sua filha. Ele então luta para sobreviver em Nova York, uma cidade há 1000 dias abandonada, com aparentemente 1 habitante. Acontece que Robert Neville não está sozinho. Não vou contar mais porque seria acabar com a graça do filme, mas acontece que o vírus matou mais de 5 bilhões de pessoas, mas algumas centenas de milhões não morreram, e sim sofreram alterações no corpo, e alterações psicológicas também, tornando-se zumbis selvagens, sem o menor resquício de fatores exclusivamente humanos. Nada de vampiros, e sim pessoas bem feias, aparentemente zumbis, sem compaixão nenhuma, sem o uso de linguagem, mas mantendo as características da obra original de não poderem com luz solar e serem atraídas pelo sangue, agindo como canibais.

Bom, o filme em si é um filme que na idéia original seria algo estilo Bram Stoker, mas no conceito atual se tornou algo estilo Spielberg. Ficou uma ótima ficção científica com cenas repletas de astúcias de filmes de terror. Tudo bem que pode-se dizer que são astúcias ultrapassadas, mas que eu gostei. Aliás, uma grande falha do filme foi justo na criação desses vilões. São totalmente feitos em computação gráfica, e são horríveis. Não no sentido de cumprirem seu papel, mas no sentido de serem mal feitos mesmo. E é uma falha enorme pecar na criação de um vilão. Então acontece que as cenas de terror são aquelas em que você ainda não sabe qual é o vilão. Quando descobre-se do que se tratam, o filme perde todo o seu ar assustador, porque simplesmente os vilões não são assustadores. Sério, são tão assustadores quanto o Voldemort de Harry Potter.

Porém, por outro lado, o ponto forte do filme é a visão da cidade de Nova York com apenas 1 habitante e completamente abandonada há 3 anos. É com certeza a parte mais memorável do filme. Eles fizeram um trabalho muito bom na criação dessas cenas, com tomadas reais, feitas na própria Nova York e depois editadas para tirar as pessoas. Teve uma cena inclusive que descreve a evacuação da cidade que foi gravada ao lado de uma das pontes da cidade e só ela custou 5 milhões de dólares. Uma grande movimentação foi feita e a cena contou com uma equipe de 250 pessoas, 1000 figurantes, incluindo 160 membros da guarda nacional, além de uma quantidade significativa de HMMWV's, 3 strykers armados, alguns helicópteros, um navio de 30 metros, um barco de 12 metros e 2 barcos de resgate de 8 metros da guarda costeira, assim como outros veículos como taxis, carros de polícia, bombeiros e ambulâncias.

A foto abaixo foi tirada por um cidadão da cidade enquanto faziam as filmagens. Cliquem na imagem para ampliar.

Bom, o que mais dizer? É um filme bem bom, apesar de pecar um pouco nesses zumbis. Além de tudo, eles ainda são estranhamente mais desenvolvidos que os humanos normais porque podem correr mais rápido, pular mais alto, são mais fortes. Chega a ser sem sentido até mesmo dentro da temática do filme. Mas é isso. O filme tá sendo um sucesso de bilheteria, e por isso eu realmente esperava ver o filme do ano quando fui no cinema, e não foi tudo isso.

Volto mais outra hora. Até mais.

Abraços!