
A princípio, falarei da história como um geral. Se eu fosse falar do filme e de sua realização com detalhes, faltariam palavras para descrever o quão mal produzido ele é. Mesmo porque o filme foi dirigido por um homem (Stefen Fangmeier) que nunca havia dirigido nenhum outro filme na vida (antes trabalhava na seção de efeitos especiais dos filmes). Aliás, talvez pelo diretor ser da área de efeitos especiais o forte do filme sejam seus efeitos. Superam os de qualquer filme de Harry Potter... Mas acho que muitos vão ao cinema não para ver se aquele ator atua bem, ou para ver se aquela adaptação foi bem feita, nem para ver se a computação gráfica foi bem implementada, e sim para apreciar a criação. Minha análise se baseará no geral mas focará principalmente a história, e as críticas à história valem tanto para o livro quanto para o filme, já que um é uma adaptação do outro. E eu vou me focar nisso porque isso foi simplesmente o que mais me chamou atenção.
Bom, para começar, parem o que estão fazendo e pensem por um minuto: imagem um universo mágico e medieval... Onde existem seres malignos, espectros, anões, homens, elfos... Com paisagens lindas... Imaginem que um jovem humilde recebe por acaso, repentinamente, uma missão que mudará sua vida para sempre... Esse garoto aprende muitas coisas vindas dos elfos e aprende muitas palavras na lingua dos elfos durante a sua jornada No início ele tem medo, mas no fim toma coragem e com a ajuda de um ancião com poderes mágicos acaba guerreando contra serviçais da morte (cujos estão em número muito maior) liderados por um mago corrompido aliado do vilão da história. Qual o nome do filme? Acertou quem pensou "O Senhor dos Anéis".
Para quem conhece a obra-prima de J. R. R. Tolkien, é isso que vem à cabeça quando se imagina o que eu disse. Mas, espere. Continue com essa imagem na sua cabeça. Agora adicione a ela os dragões de Harry Potter e o Cálice de Fogo. E também adicione um enredo à história que seja muito semelhante ao do 4º capítulo da saga de Star Wars. Pode contar também que a história foi criada por um garoto de 15 anos. E isso meus prezados significa alguma coisa. Bom, no fim, com o que você fica? Dragon! Ops, digitei errado, eu quis dizer Eragon... Eragon!
Em Eragon você encontrará tudo isso que eu falei. Mas não vamos comparar a simples saga de Eragon com a obra-prima de Tolkien. Seria uma blasfemia apenas tentar fazer uma comparação. E nem podemos exigir que o jovem Christopher Paolini crie uma história à altura da trilogia da Guerra do Anel. Mas as semelhanças com as criações consagradas são tantas que Eragon poderia entrar na categoria de plágio.
"Uma obra olvidável, amorfa e desinspirada." Adorei esse comentário sobre Eragon que li na internet. Fui nessa sexta no cinema e assisti o filme. Não saí de lá decepcionado, não, o filme é bom. Vale o ingresso. Pelo menos para mim valeu. Recomendo a todos que não se importam se é plágio ou não de um ou de outro clássico já existente e gostam de filmes épicos com pretensão a virarem um jogo de rpg e que sejam cheios de efeitos especiais (como alguns amigos meus de São Paulo). Mas eu não consigo engolir. Não eu que virei fã de Tolkien nos últimos meses.
Mudando um pouco de foco, o elenco do filme até que não deixa a desejar. Tirando um rei inócuo (até Sauron que nem forma física tem dá mais medo que ele...), até que o elenco é bom. Aliás, até o Edward Speleers atua melhor que o Daniel Radcliffe. (Sim eu tinha que falar isso!) Enfim, acho que isso é tudo que tenho a falar do filme. Dizem que o livro é muito melhor que o filme, mas gastar tudo que o livro custa não compensa. Por mais que seja melhor...
Momentos que eu mais notei semelhança entre Eragon e Senhor dos Anéis: Quando o Durza manda o exército de milhares de Urzals para a guerra. Quando esses milhares de Urzals negros chegam a Varden de noite com suas tochas e atacam o inimigo em muito maior número. Aquilo me lembrou muito Saruman mandando seus 10 mil Uruk-hai atacarem Rohan e o ataque deles na batalha final de As Duas Torres.
Momento mais engraçado: O Durza dando sua risada maléfica. Não me pergunte porquê.
Análise final:
Vantagens: História cheia de fantasia e elementos místicos, efeitos especiais excelentes e um roteiro interessante. Elenco aceitável. E, claro, só ter 1 hora e 43 minutos de duração.
Desvantagens: História cheia de fantasia e elementos místicos, assim como inúmeros outros filmes melhores. Uma adaptação sem empolgação e um figurino ruim. Conseguiram deixar a Sienna Guillory (Arya) mais feia que a Emma Watson (Hermione) e que a Liv Tyler (Arwen). Definitivamente os elfos de J. R. R. Tolkien são mais bonitos.
E lembrando que tudo isso não passa de opiniões pessoais. Até mais! Ótimo final de semana a todos.
"Em resumo, “Eragon” é para adolescentes a fim de pipoca e guaraná. Só isso." - Rodrigo Carreiro
3 comentários:
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Vou esperar um jogo de RPG plagiado também :P
Sua crítica abordou vários pontos do filme, justificando suas opiniões, o que a torna mais válida.
A julgar por isso, o filme não deve ser ruim. Mas deve ser visto sem compará-lo com as obras que o inspiraram ou sem pretensões de originalidade e surpresa. É bom, isoladamente, enquanto filme.
Apesar de não ter lido O Senhor dos Anéis, quase todos meus amigos que leram falam a mesma coisa do filme "é bom enquanto filme", referindo-se que como adaptação ou como tentativa de retratar a magia do livro...bem, fica muito aquém.
Só digo uma coisa. É um feio mesmo né, tinha que falar do Daniel...
Olha que eu vou dar uma risada maléfica igual ao Durza hein!! Vai esperando huauhauhauhah
Ah eh verdade Luis... Sempre é assim... Os filmes nunca são tão bons quanto os livros... Mas Senhor dos Anéis tem uma adaptação muito boa comparado a outras obras. Ele certamente mereceu todos os 18 oscars.
E Jana, não obrigado. Guarde a risada maléfica para você. uhauhhauhuauha
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