Janaina e Childe Roland

Achei muito engraçado o título do post. Ficou estranho uhauhauhauh. Bom, olá a todos. Venho nesse post - que talvez seja o último ou o pénultimo antes das minhas aulas recomeçarem - para falar de uma grande amiga e de um grande poema.

E vou começar pela amiga. Preciso comentar algo para não deixar passar em branco. Bom, hoje é aniversário de uma grande amiga minha, chamada Janaina. Eu já comentei sobre ela aqui no blog em alguns posts, alguns amigos a conhecem pessoalmente e outros apenas por nome. Não vou falar coisas que já falei hoje pelo MSN, mas vou falar algumas coisas que se eu pensasse mais teria dito noite passada. Então, as palavras a seguir são para você Jana:

Me fascina a facilidade com que uma atitude, um gesto, um ato, uma ação, pode modificar por completo a vida de alguém. Detalhes, pequenas mudanças nas peças do jogo podem nos levar a um futuro tão diferente. Isso sempre me fascinou. E eu já comentei isso tanto com você quanto com outros amigos. Foram pequenos gestos que me levaram a conhecer você. Menores ainda os que me levaram a fazer amizade com você. E vários deles não dependeram de mim. Acho isso muito interessante. E você é uma das pouquíssimas pessoas que eu não gostaria de voltar no tempo por medo desses pequenos detalhes acabarem mudando e eu acabar não conhecendo você. Sabe, tipo efeito borboleta.

Sabe, eu tenho muito orgulho de ter conhecido algumas pessoas. Tenho muito orgulho de ter conhecido pessoas tão especiais, tão extraordinárias como as que eu conheço. De vez em quando surge algumas pessoas assim no meu caminho. Geralmente por intermédio de outras pessoas. E você foi a pessoa mais fantástica que apareceu na minha frente nos últimos anos. Você preencheu o vazio que amigos de outras épocas deixaram em mim; você foi meu diário, meu refúgio, meu consolo nesses últimos 2 anos. Você até implicou comigo quando eu precisava de atenção.

E por isso e mais, eu nunca estive tão grato por ter conhecido você. Por isso e mais, eu quero nesse momento te parabenizar em mais esse seu aniversário e desejar a você tudo o que ao meu ver uma pessoa precisa para ser feliz. E se um dia você escrever um livro sobre suas experiências, quero que se entitule "1001 razões para sorrir e ser feliz". Dias bons e dias ruins virão nos próximos anos, como vieram nos anteriores, mas eu sei que a superação alcançada por outros em outros momentos será também alcançada por você, com um sorriso no rosto e um grande amigo do lado para te apoiar.

Young girl, lembra daquele dia em 2004 quando eu, sem saber o que fazer no meio de uma aula, escrevi uma letra de música num bilhetinho e te passei? Lembra que eu perguntei se você conhecia a cantora e você disse que não (e eu fiquei frustrado)? Então, lembra do que falava a letra? Pois saiba que tanto naquele dia, quanto em todos que se passaram até hoje, tudo o que diz na letra daquela música se resume no que eu desejo a você e no que eu quero pra você. As palavras que digo quando nos despedimos são apenas um resumo do que eu realmente quero dizer, e o que eu quero dizer é o que diz na letra.

Enfim, felicidades minha querida, você merece. Te amo.

Mudando de assunto e tirando o clima depoimento-de-orkut, aqui vai mais um trecho do poema:

XV
Fecho meus olhos, e os volto para o meu coração,
Como um homem que pede vinho antes de lutar,
Visão mais feliz, de outro tempo, eu quis saborear
Para ficar mais apto a encarar minha missão.
Pensar antes, lutar depois, eis do soldado o bordão:
Um vislumbre do passado pode a tudo acertar.

XVI
Mas não! Imaginei de Cuthbert a face corada
Em meio a seu adorno de cachos dourados,
Querido amigo, eu quase o senti laçar meus braços
Para me colocar a postos na caminhada
Como ele sempre fez. Ai, noite desgraçada!
O fogo no meu coração se apagou, deixando-o gelado.

XVII
Giles então surge - ele que é da honra a alma,
Leal como há dez anos, quando tornou-se cavaleiro
Capaz de ousar tudo que ousaria um homem verdadeiro
Mas - argh - a cena se modifica! Um carrasco infama
seu peito com um aviso que para todos informa:
Desprezado e amaldiçoado; traidor rasteiro.

XVIII
Do que um passado assim, melhor este presente
Que eu volte então para meu caminho triste
Nenhum som, nada que se veja ao longe em riste.
Aparecerá morcego ou coruja após o poente?
Perguntei quando algo na planície descrente
capturou e dominou meu pensamento num despiste.

XIX
Um súbito córrego atravessava meu caminho
Veio tão inesperado quanto uma cobra
Sem o lento escorrer que a atmosfera desdobra
Poderia ser um banho, com seu burburinho,
Para o casco do demônio, a ver seu redemoinho
Negro borbulhar com espuma e faísca rubra.

Espero que estejam curtindo. No próximo post eu coloco o antepenúltimo trecho. Bom, é isso por hoje.

E que venha dia 22, né?